Mercado subindo, inflação caindo.

Marcello Vieira

Marcello Vieira

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Vou começar fazendo um breve resumo de como está todo o cenário macroeconômico para então entrarmos no ponto da inflação e de tudo mais que está sendo discutido e acontecendo de relevante no mercado.

Por todos os problemas em decorrência da enorme impressão de dinheiro que foi feita, com estímulos dos bancos centrais para recuperar da pandemia, temos agora um cenário de inflação muito alta.

E, em seguida, veio a guerra, que também é um fator muito inflacionário. Houve um corte de boa parte das commodities da Rússia, o que fez com que o preço disparasse.

Na Europa, principalmente, temos uma situação dramática com a crise energética, pela redução do gás natural que vinha da Rússia.

Há também uma série de problemas geopolíticos em decorrência da guerra, envolvendo a China e a tensão de Taiwan, por exemplo.

Além disso, com a política de Covid zero, a China não está mais sendo considerada um país seguro para as empresas produzirem.

Dessa forma, as empresas vão ter que passar a produzir em outros países e essa mudança gera um alto custo que também é um fator inflacionário.

Nos EUA, a inflação oficial chegou a mais de 9%, e em resposta a isso, o que os bancos centrais estão precisando fazer?

Aumentar os juros e fazer quantitative tightening, ou seja, enxugar dinheiro do mercado.

E com isso tudo, vimos um bear market (mercado de baixa) na Bolsa e ainda mais acentuado no mercado de criptomoedas que são ativos de maior risco.

Entretanto, logo mais abaixo, vamos conferir no gráfico que agora o mercado está subindo.

E qual o motivo dessa alta?

Um dos motivos é que a inflação começou a cair nos EUA. Já na Europa a situação é um pouco mais complicada, mas a economia monetária americana é a mais importante.

Muita gente já está comemorando e se mostrando otimista. Mas a questão é:

Até onde vai a queda da inflação?

Com todos os problemas que citei acima, não consigo imaginar o problema inflacionário indo embora de vez. A não ser que venha uma recessão forte.

E pode ser que a recessão aconteça.

Com o aumento dos juros e o aperto monetário, é bem possível que os bancos centrais causem uma recessão global e, dessa forma, sim, em recessão, o consumo menor segura a inflação.

Mas se voltarmos a ter agora quantitative easing (estímulo monetário), provavelmente, a inflação vai voltar.

Esse é um dos pontos que eu vejo como o grande entrave para ter um bull market (mercado de alta) sustentável.

Dessa forma, o meu cenário base continua sendo de que esse é apenas um bull trap, uma “pernada de alta” dentro de um bear market (mercado de baixa). E que vamos testar as mínimas bem mais abaixo, tanto na Bolsa quanto em cripto.

Entretanto, como eu sempre digo, a gente nunca pode ficar fixo em uma ideia. Se o mercado mostrar o contrário, temos que acompanhar.

Não podemos negar  fatos.

E o que o tesouro americano está precificando?

Através da curva de juros, conseguimos ver que o mercado está precificando como mais provável uma queda acentuada na inflação e uma recessão.

Com o FED (banco central americano) aumentando agressivamente os juros, os outros bancos centrais do mundo todo têm que aumentar os juros também para que suas moedas não se desvalorizem e o dinheiro migre todo para o dólar.

O dólar continua sendo o único ativo que valoriza em situações de crise.

A dúvida agora é se no próximo encontro o FED vai aumentar em 0,5 ou 0,75% os juros.

quantitative tightening (aperto monetário) vai aumentar a partir de 1º de setembro. Portanto, eu não consigo ver um bull market (mercado de alta) estrutural sustentável com a curva de juros invertida.

A curva de juros invertida significa que provavelmente vai vir uma inflação e os juros de curto prazo estão pagando mais do que os juros de longo prazo. E isso acontece quando há perspectiva de recessão.

E em um cenário de recessão, possivelmente, os balanços das empresas vão piorar, o que deve jogar os mercados para baixo.

Como esse continua sendo o meu cenário mais provável, então como eu estou operando?

Não tenho nenhum posicionamento comprado de carteira. Neste momento, não tenho carteira de cripto, por exemplo.

Normalmente, eu monto carteira de cripto com o robô NM Índex que está desativado.

Carteira de ações também desativada.

E isso porque eu acredito que há um cenário muito complexo e desafiador pela frente.

Nessa semana, eu estava fazendo um estudo e fiquei impressionado em ver como os bulls markets são feitos com quantitative easing (estímulo dos bancos centrais).

Ou seja, o bull market depende da impressão de dinheiro.

Vivemos em um mundo, de certa forma, muito artificializado, onde a injeção de dinheiro é que manda.

Então, é muito difícil ter um bull market sem quantitative easing (sem impressão de dinheiro).

Acredito que não é a hora de se posicionar comprado.

Mas se formos surpreendidos com a inflação caindo bastante sem uma deterioração econômica e uma aterrissagem suave dos bancos centrais com mais impressão de dinheiro, ótimo.

Dessa forma, daria para montar carteira com muito mais segurança.

Entretanto, no momento, acredito que as oportunidades estão mais para trading (operações de curto prazo) como: swing trade, position trade, long&short (comprado e vendido). É o que eu tenho feito.

E para operar assim, independe de bear market. Para quem é trader dá para operar essa volatilidade.

Falando em trade…

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O Quant Bot é uma das estratégias que tenho utilizado neste bear market (baixa do mercado) que acredito que deve durar mais um bom tempo devido ao cenário complexo macroeconômico e geopolítico atual.

Portanto, será uma ferramenta importante ao longo dos próximos meses, quiçá anos.

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Vamos agora para o gráfico.

Começando por DXY – O dólar contra uma cesta de moedas.

O dólar vem caindo bastante em relação ao topo. É aquilo que eu tenho comentado: dólar forte, ativos de risco caindo.

Dólar fraco, ativos de risco subindo.

É o que a gente continua vendo.


SPXUSD – Já com uma alta de 13% desde o fundo.

Está testando uma região de resistência importante, mas com espaço para subir mais.

Porém, quando a situação apertar novamente, a Europa entrar em recessão no inverno pela falta de gás natural e a crise energética impactar o mundo todo, além de alguns indicadores atrasados como o do desemprego nos EUA mostrarem recessão, no mínimo o gráfico deve testar as mínimas e até um pouco mais abaixo.
 
NASDAQ – com 18% de alta desde o fundo.

IBOV – Índice Bovespa com 14% de alta desde o fundo.

Países emergentes como o Brasil estão sendo muito beneficiados pela baixa do dólar.
 
GOLD – O ouro com o dólar fraco também é favorecido. Está com uma alta de 5%.

COPPER – Cobre que é bem sensível à recessão.

Por isso, essa queda brusca de mais de 35% no cobre.

Ou seja, com aversão ao risco, tudo vai para o dólar e o mercado cai.

De repente, o pessoal começa a ficar um pouco mais otimista e o dinheiro volta para os ativos de risco e o dólar cai.

XLE – Ações de energia em queda brusca junto com o preço das commodities. Com a recessão, baixa o preço das commodities, o que ajuda a controlar a inflação.

USOIL – Petróleo também teve uma queda boa próximo da média móvel.

Cripto.

BTCUSD – Bitcoin com uma alta de 27% desde as mínimas.

ETHUSD – Ethereum subindo bastante desde as mínimas, com uma alta de aproximadamente 82%.

Uma alta bem considerável.

Aparentemente, vai ter o Merge, a mudança de proof-of-work para proof-of-stake e parece que está dando tudo certo, então, o Ethereum vem bem forte com um belo repique.

Vemos um mercado repicando e mostrando bastante força, ainda mais em um cenário econômico adverso.

Mas, na minha visão, ainda está um pouco arriscado para montar carteira.

O negócio agora é operar e fazer trading.

Se você ainda não tem o Quant Bot, você pode baixar gratuitamente e operar com as estratégias de long&short que eu tenho utilizado com bastante sucesso em meio a todo esse cenário conturbado do mercado.

Particularmente, eu vou continuar operando long&short até ver sinais mais definitivos de que tem espaço para uma alta sustentável, e aí sim, além de trading, montar uma carteira de cripto e de ações.

 
Forte abraço,

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MARCELLO VIEIRA

• Fundador do Investidor de Sucesso;
• Possui mais de 13.000 alunos;
• Mentor particular de grandes investidores;
• Investidor especialista em novas tecnologias e desenvolvimento de estratégias quantitativas;
• Transformou 32 mil em mais de 1 milhão de dólares em menos de 6 meses de forma pública e transparente;
• Participa de grupos e eventos com vários dos melhores gestores, investidores e traders ao redor do mundo.